domingo, 23 de setembro de 2012

Não tenho medo de ser frágil.
não tenho medo de me apaixonar...
não tenho medo de ser eu mesmo
não tenho medos de dores, amores, perdões, safanões...
não tenho medos simpaticos..
todos os meus medos são monstruosos e eles são enormes..
maiores que eu..
maiores que minha espada.. maiores que meus sentimentos.
eles deturpam todo o meu julgamento...
eles me atiram sombras..
eles me dão a sensação de estar caindo e sozinho..
principalmente sozinho...
só tenho o medo que me cabe..
meu medo só tem o tamanho que dou a ele...
e só sei que ele é forte quando eu me sento e percebo o quanto ele é alto...
o quanto ele é forte quando simplesmente eu abaixo meus braços... e abro minha guarda!

Não tenho medo de ser deixado...
abandonado... medo de escuro ou solidão...
mas meu medo sabe me trancar em um enorme quarto onde não vejo nem a quem quer ser visto...

Só sei que meu medo sabe dos meus segredos...
e todos os dias travo com ele batalhas homéricas em que geralmente venço...
ou só perco quando deixo de vencer..
de tentar...
Mesmo com medo de perder eu me atiro de cabeça!
E rezo todos os dias para que, ao pular, eu jamais encontre o chão!
Te quero aqui debaixo dos meus braços
pra te fazer e cuidar comigo...

Descansar os olhos... 

estar junto...
ver um filme...
ler um livro...
ou só estar perto de ti...
sair de madrugada pra saber que estando contigo me sinto melhor..

Ter visão panorâmica...

ver as pequenas brincadeiras... ou só ficar olhando pra ti...
te deixando sem graça.

Quero ter você aqui perto de mim...

debaixo dos meus braços.. dentro do meu abraço pra te esquentar..
pra te respeitar... e viver a vida. Seja como for!
Sem esperar futuro!
sem saber de passado!
somente aproveitando presentes e mais presentes..
Presentes de Kallo...
Presentes de vento...
Presentes que ganho quando olho nos teus olhos...
dos teus braços...
to teu jeito de dormir...
a boca levemente aberta...
um sono tão suave e forte que não dá nem vontade de sair de perto!

Mas quero você aqui perto de mim!

debaixo dos meus braços e dentro dos meus abraços...
pra que eu possa te proteger e secar tuas lagrimas...
pra que eu possa te fazer entender sobre o que você não entende.
ou pelo menos ajudar de alguma forma nesse entendimento...
Pra dormir perto de ti e acordar assustado pedindo a Deus que você ainda esteja lá!

Quero você aqui, perto de mim, pra que eu possa te tirar debaixo desse cobertor...

pra que eu consiga te tirar da tua concha... 
pra que eu tente te fazer entender que se você não sai daí, 
eu entro!
Eu saio da minha pra entrar na tua...
Pelo menos assim não estaremos sozinhos em nossa solidão!

Vem, sai daí debaixo...

vem seguir comigo pelas belezas da vida...
ou então me puxa pra ai debaixo e me abraça
da mesma maneira que quero teu abraço e que te aninho no meu peito...
seca as minhas lágrimas e me ajuda a sair de dentro de mim...
mas vamos sair daqui e ouvir as músicas que não ouvimos..
vamos sair daqui e ver as ruas que não vimos...
os narizes vermelhos... 
as fotos que não batemos...
vem, 
por favor!

domingo, 16 de setembro de 2012


E eu escreveria versos, livre... desempedidos sobre ti... sobre teus olhos fechados...
Tua boca entreaberta enquanto dormes...

escreveria para te desenhar por extenso...
te pintaria com meu nanquim...
Te faria Monalisa...
de olhos fechados...
Te faria surrealista...
Já que a tua realidade não se pode pintar, nem com palavras...
não há tão linda cor que escreva tua beleza...

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Se necessário for eu aprendo a cantar,
mas não solta minha mão.

Não me deixa cair da ribalta...
Sai da cochia e vem pra boca de cena fazer a cena na minha boca...

Vem e segura minha mão.
Olha além de todas as paredes e recebe os aplausos que minhas mãos te dão.
Entra no foco a luz dos meus olhos...
E representa todo o teu sentimento...
interpreta o meu momento, aquele momento em que meu coração bateu mais forte...
foi quando eu te peguei nos braços e conduzi teus passos...

Para!
Fica ai onde a luz bate melhor e reflete o soldo teu sorriso...
Posa e bate foto... 
No foco de tua paisagem que quero na minha maquina...
Teus olhos... teus lábios... tuas mãos... teus pés...
dure o tempo que durar, 
uma maré...
uma jornada...
uma vida...
um suspiro...

Mas eu vou cantar na boca de cena.
Por você.
Pra você.
Com você (é o que desejo).