terça-feira, 22 de maio de 2012

Meu coração não é mais o mesmo...Despedaçou-se em estilhaços...bagunçado pelos nós que deixei...pelas farpas que enfiei...nos cortes que sangrei...

Meu coração não é mais o mesmo..por conta da bagunça que deixei acumular...por causa do asco que não suportei no ar...e das formas nojentas que compus o meu eu que acabou fazendo tanta bagunça...que acabou deixando tantas lágrimas no chão...

Não foi pro querer, só aconteceu de eu não ser o que preferi.. oque preferi ser...não foi por querer que eu me tornei o avesso do que preguei...o inverso do que queria ser...o medo de que o meu eu não fosse o que queriam ter por perto...talvez...

Mas meu coração não é mais o mesmo...dos tempos dantescos em que as rimas eram fáceis...puras, doces, amorosas e tinham um tom mais leve...

Hoje eu apenas estou me mostrando no que vejo de mim mesmo...Hoje eu apenas estou sendo o que construí... e desmoronando na construção imperfeita que sempre fui...mesmo sem nunca preterir ser perfeito!


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2 comentários:

  1. Carol Oliveira22 de maio de 2012 às 11:16

    "De tanto imaginar, um dia rompeu o elo que o prendia a realidade. Num estado febril e agitado, iniciou uma existência onde só existiam personagens de cavalaria andante. Eram gigantes para derrotar, castelos que deviam ser assaltados, donzelas prisioneiras de algum tirano para salvar e legiões de bandidos para combater.

    ...

    Foi assim que, completamente transtornado, resolveu que seria cavaleiro andante e partiria com suas armas e seu cavalo em busca de aventuras e perseguindo justa fama.
    ...

    Imaginando-se um predestinado pelo valor de seu braço e de seus nobres propósitos, apressou-se a iniciar a incomparável jornada.

    ...

    Tudo preparado para a partida, percebeu que lhe faltava apenas encontrar uma nobre dama para apaixonar-se. Um cavaleiro andante sem amores era uma arvore sem frutos, um corpo sem alma. Se por azar ou sorte, derrotasse um gigante, teria que enviá-lo à sua amada para que servisse de escravo. Esse era o procedimento da nobre cavalaria andante e Dom Quixote queria seguir, fielmente, seus costumes."

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  2. Carol Oliveira22 de maio de 2012 às 11:30

    "O medo é que faz que não vejas, nem ouças porque um dos efeitos do medo é turvar os sentidos, e fazer que pareçam as coisas outras do que são!"

    Dom quixote

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